Foto de Eloi Chiquetto |
108 é um número especial na cultura do Yoga. É o número de contas do japamala - que pode ser traduzido como cordão (mala) de repetição (japa) -, e é usado na prática de mantras.
Entre outras coisas, a soma transversal de 108 (1 + 0 + 8) é 9, que é tido como o número de Brahman, a realidade imutável imanente em tudo. Isso porque, multiplicando-se 9 por qualquer número a soma transversal é sempre 9. Assim, é um número ligado à introversão, à capacidade de ver a unidade na diversidade e a retirar a energia do que não é o "Eu" para trazê-la de volta ao que é real, eterno e imutável.
Nessa semana estive relendo a Bhagavad Gita (tradução de Huberto Rohden), e passei pelo Capítulo 6 - Exercícios de meditação:
"32 - Ó Arjuna! Aquele que, entre alegrias e sofrimentos, paira soberano na força do conhecimento de mim, o Uno e o Único, esse é o mais perfeito dos yoguis."
Fácil assim! Não fosse a grande força de atração das "alegrias e sofrimentos"...
Na sequência da fala de Krishna, Arjuna responde:
"33 - Não encontro permanência, Senhor, nesse estado de devotamento. Yoga, como dizes, é equanimidade de espírito; mas inquieto e rebelde é meu coração.
34 - Inconstante e turbulenta é minha mente, ó Krishna! Difícil discipliná-la - mais fácil seria controlar os ventos..."
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