domingo, 13 de fevereiro de 2011

À NOITE EM PAHARGANJ II

O comércio fica aberto até tarde: lojas e muita gente vendendo coisas na rua, muitos tipos de coisas.
Tudo é muito colorido. Dá pra sentir o cheiro das coisas de comer preparadas nas barraquinhas. (Sem falar sobre higiene, as coisas são variadas e ricas, com legumes, há pães e bolinhos de vários tipos, frutas...)
Há lojas de roupas, instrumentos, imagens, essências, muitas coisas.
Aqui as ruas são estreitas, e há outras menores, verdadeiros becos. Há hotéis, pequenos templos em que pessoas estão cantando, pequenos restaurantes. Há bem menos mulheres do que homens na rua. Muita fumaça, alguns fazem fogueiras pra se aquecer.
Não há calçadas, e temos que tomar cuidado com as motos e os poucos carros que passam buzinando.


Brincamos que estamos em uma versão da Rua 25 de Março, de São Paulo. Mas já está escuro há um bom tempo, e sequer vimos policiais nessa parte da cidade. Aparentemente nada acontece. Uso a câmera à vontade, mexemos em dinheiro na rua.
Lembro-me de já ter ouvido falar sobre isso, de como a conduta ensinada pelo hinduísmo faz diferença na vida das pessoas, como isso é perceptível nas pessoas mais simples. (Não sinto mesmo que as coisas sejam perfeitas, mas são muito, muito, diferentes do que estamos acostumados.)
Lembro de ter comentado com companheiros de viagem que senti algum receio pela mudança de hábitos, pela globalização. Temi que uma certa ingenuidade que via naquele povo se perdesse e, dadas as condições de superpopulação e pobreza, sequer imaginava como as coisas poderiam ficar.

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