Quebrar o coco, na iniciação em Kriya Yoga, tem o sentido de romper a casca dura do ego, para que a polpa, o Eu, possa surgir.
Nas vezes em que fiz revisão das Kriyas com o Osnir Cugenotta aprendi uma técnica para quebrar um coco de uma forma mais fácil. (Yoga é ou não é habilidade na ação???? kkk)
E esses dias quebrei esse coco aí em casa, de primeira, fácil assim.
O fim de semana passado foi especial: houve mais uma iniciação em Kriya Yoga, dentro da tradição de Lahiri Mahasaya.
Imagem da página Kriya Yoga Lahiri Brasil
Imagens de Guilherme Anselmo e Andrea Lucas
Os novos Kriyabans. (Imagem da página Kriya Yoga Lahiri Brasil)
Confirmar, e rever as técnicas, para simplesmente praticar.
(O Osnir Cugenotta lembrou uma frase que havia na casa de seu mestre Sri Shibendu Lahiri: 'Você vai se iluminar apesar de praticar Kriya Yoga, não por causa de.')
E por que fazer uma prática de Ásanas promove a limpeza? Há alguns fatores. Fisiologicamente, como Iyengar explica, pelo massageamento/pressão de órgãos internos. É fácil verificar que se pressionamos uma área do corpo com os dedos, ao retirá-los a área fica mais clara, pois a circulação diminui. Na sequência, o sangue vai para o local com muito mais intensidade, e promove uma revivificação da área e dos órgãos.
Lembrei ainda, na referida postagem, que a saúde não é o produto principal do Yoga. E na parte 3 do livro "A Árvore do Yoga", chamada "Yoga e Saúde", Iyengar fala exatamente disso:
"Saucha é limpeza e santosha é contentamento. Juntos eles produzem bhoga, que pode ser descrito como saúde do corpo e harmonia da mente. Mas Patañjali não termina com saucha e santosha. Ele continua e fala de tapas, svadhyaya e Ishvara-pranidhana, que levam à liberação da alma do contato do corpo." (tradução livre do inglês por Ana Cabezas)
imagem do fotógrafo Chema Madoz
Tapas pode ser traduzido como o esforço da prática, e tem relação com o fogo e o calor, como todos os rituais do hinduísmo também têm. (Vale lembrar que no Yoga o ritual é interno.)
Svadhyaya pode ser traduzido como estudo de si mesmo, no sentido de entendimento do ser interior, além do ego e da mente e Ishvara-pranidhana pode ser traduzido como percepção da totalidade da existência, da unidade presente na diversidade, e entrega a ela.
Qual é a fronteira exata entre corpo, mente e alma? Será possível pensar mesmo em saúde, holística, plena, sem pensar nessa totalidade?
É por isso que o Yoga trata dessa integração, e não deixa nada do lado de fora.
Algumas imagens para Ardhanarishvara (representação da integração de Shiva e Shakti, masculino e feminino, energia e manifestação)
Uma das iniciações do sábado, 15/03. Simplesmente belo.
Neste mês completou um ano da minha iniciação em Kriya Yoga com Sri Shibendu Lahiri. Desde então, tive o privilégio de poder participar de duas iniciações com o Osnir Cugenotta, no CET Santo André. Isso foi muito - mas muito legal mesmo -, para rever, reforçar e esclarecer dúvidas que sempre vão surgindo.
Muito feliz por estar nesse processo, "kriyando", por estar nessa prática que é "o movimento a partir de swadhyaya (estudo dos caminhos do ser) para ishvarapranidhana (percepção do todo) através de tapas (prática de kriya)".
Abaixo algumas fotos da palestra de 6ª (14/03) e da iniciação. Na palestra, entre tantas coisas tão importantes, mais uma vez: o mestre não é uma personalidade, é um processo.
Mesa da iniciação (foto da Juliana Romera)
Palestra (foto da página https://www.facebook.com/kriyayogalahiribrasilosnir)
(À esquerda, o Osnir mostra como quebrar o coco. Ao lado, quebrando o coco com sucesso.)
Foto que fiz no CET, da mesa preparada para a iniciação
No último fim de semana participei da primeira iniciação em Kriya Yoga dada pelo Osnir Cugenotta. Eu já havia sido iniciada por Sri Shibendu Lahiri, quando esteve no Brasil agora em março, e foi muito bom aprender e reaprender algumas coisas com o Osnir. (Sem tietagem, me lembro do que Sri Shibendu Lahiri disse no último dia da iniciação, voltando de seu descanso: "Osnir, you are a wonderful teacher!")
Compartilho aqui uma visita que recebi uma semana antes dessa iniciação e que me fez pensar, de certa forma, no primeiro ensinamento de Laya Yoga, Atithi Bhava, atitude de convidado, de hóspede. ("Todos somos convidados. Nenhum corpo é um residente permanente deste mundo.") Um hóspede não se apega ao lugar onde está, respeita e usufrui.
Nossa linda hóspede...
Na quinta-feira à noite, 16/05, o Eloi chegou em casa e, logo depois, me chamou do quintal para ver algo. A borboleta, que depois eu chamei de Borbs, estava no nosso vitrô. Pensamos que ela voaria logo, mas ela permaneceu, quietinha. Às vezes batia as asas.
Lembrei-me de uma pessoa que me contou que uma lagarta havia se tornado borboleta em um pinheiro, em seu apartamento, e que lhe dava mel para comer. Despejamos mel no vidro para que ela sentisse o cheiro e ela logo se agitou. Estava com fome!
Abaixo um filminho da Borbs comendo mel...
Na sexta-feira ela continuou por lá, e também no sábado, até a hora em que viajamos, no final da manhã. Achei que ela estava como que preguiçosa, e mexi um pouco com ela para que voasse. Ela voou um pouco, peguei-a pelas asinhas e a trouxe para o vaso com uma tuia que ganhei há uns meses da pessoa que dava mel para a borboleta comer. (Olha só que coincidência: lembro-me que quando ela me ofereceu um pinheiro disse a ela que não me aparecesse com um pinheiro sem borboleta!)
Borbs com a tuia e com sua laranja
Estava quase me acostumando com aquela presença no quintal, comendo mel, laranja e andando em minha mão e em meu braço mas, quando voltamos de viagem no domingo à noite, ela tinha ido embora. Fiquei feliz por ela, porque cheguei a ter medo que ela pudesse não estar bem.
Borbs!
Foi muito legal enquanto durou a visita de nossa hóspede. Fiquei com uma saudadinha mas... tudo aqui é emprestado. Ah, os outros dois ensinamentos de Laya Yoga: Sakshi Bhava (atitude de testemunha) e Samapti Bhava (atitude de cessar, fim da atitude). Bora para as práticas!
No último domingo, 28/04, houve um Satsanga (encontro com a verdade) na escola CET, em Santo André, em que Osnir Cugenotta falou sobre Kriya Yoga e meditação. O foco era já na primeira iniciação, que vai ocorrer lá mesmo, em 24, 25 e 26/05.
Foi um encontro bem legal, e foi explicada a relação entre as kriyas e a meditação, sobre a atuação das kriyas sobre os 5 principais vayus presentes no corpo (ventos, ou ainda energias, em uma tradução aproximada) para possibilitar o aquietamento da mente.
Foi lembrado também que, no Hatha Yoga Pradipika (texto clássico do Yoga), é dito que enquanto prana se move, a mente se move. Desta forma, atuar sobre os vayus do corpo é necessário para aquietar a mente, sem fantasias.
Kirtans, com a "Kriyabanda"
Sempre muito a ensinar...
Sem dúvida uma das grandes coisas desse ano foi fazer a iniciação em Kriya Yoga, com Sri Shibendu Lahiri, em março. E ainda saber que, em sua passagem por aqui, ele autorizou o Osnir Cugenotta a dar a iniciação no Brasil e na América do Sul.
Em Varanasi, nosso grupo visitou a casa de Sri Shibendu Lahiri, bisneto de Lahiri Mahasaya.
Ele não estava em Varanasi, como também não estava em minha primeira visita à cidade, em 2011. Mas, desta vez, pudemos entrar na casa, pois fomos recebidos pelo senhor moreno de cabelos brancos que está na foto com o grupo.
Nosso grupo, saindo da casa, num click da Sílvia Perotti.
(Olha como todos estão bem! Não falei que o lugar é mega especial?)
O local é cheio de coisas fantásticas que, no mínimo, emocionam demais. Visitamos a sala em que estão o assento e as sandálias de Lahiri Mahasaya, e o lugar todo - em que tantas pessoas estiveram em busca do que há de verdadeiro - é impregnado de uma energia simplesmente indescritível.
Em março Sri Shibendu Lahiri estará no Brasil, e quero fazer iniciação em Kriya Yoga.
Nunca tive um mestre, e talvez nunca venha a ter. Não me preocupo com isso. Por ora tenho um ótimo professor que eu admiro e, sinceramente, isso não é pouco.
Esse professor, Osnir Cugenotta, é discípulo de Sri Shibendu Lahiri, e nos disse que ele fala que o guru não é uma personalidade. Que o guru é um processo.
Estudando Yoga e Estudando Astrologia: estudo filosofia e pratico com Osnir Cugenotta. Fui à Índia duas vezes, para aprofundar o contato com a cultura do Yoga, conhecer a Profª Usha Devi, em Rishikesh, e a casa de Sri Shibendu Lahiri, de quem recebi iniciação em Kriya Yoga.
Formação em Hatha Yoga com Osnir Cugenotta e o Dr. Fábio Caporrino abordando anatomia, no Yoga Shivalaya.
Curso de Mitologia Hindu, com o Prof. Osnir Cugenotta - 08/2013.
Curso de Ásanas para Patologias do Ombro, Joelho e Punho, com o Prof. Osnir Cugenotta e o Dr. Fábio Caporrino - 06/2012.
Curso de Meditação Tântrica, com o Prof. Osnir Cugenotta - 05/2011.
Workshop com Laurent Dauzou, abordando a geometria sagrada e os órgãos nos Ásanas - 03/2011.
Ásanas para Patologias da Coluna, com o Prof. Osnir Cugenotta e o Dr. Fábio Caporrino - 2010.
Correções e Ajustes em Dupla, Linhas de Energia e Ajustes Sutil, Yoga Kuruntha, com o Prof. Osnir Cugenotta - 2008 / 2009.
Introdução ao Sânscrito, com o Prof. Carlos Eduardo Gonçalves Barbosa - 2008.
Completei a Formação de Professores no Yoga Nataraja em 06/2008.