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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014? SÓ QUE SIM!


No último dia do ano me vesti para sair de casa, e resolvi fazer uma selfie quando percebi que tinha vestido minha camiseta excêntrica (literalmente). E mais uma vez pensei, e tentei entender que o equilíbrio não é o mesmo sempre, e não é o mesmo para todos. Mas é bom estar aqui, agora. Não importam as "imperfeições".

Adorei uma aula em que o Prof. Carlos Eduardo Gonzales Barbosa disse que, no Yoga, o que você tem que fazer é você. Eu acredito mesmo na autodescoberta, e em tentar fazer o melhor uso do que temos de único.

É legal lembrar isso na passagem do ano, porque sempre vemos resoluções prontas, pessoas se prometendo tomar X litros de água por dia, comer de 15 em 15 minutos, ou ser mais isso ou mais aquilo porque alguém disse que é o melhor para todos. 

E, entra ano sai ano, sempre haverá sabedores da república tapados de razão cagando regras.

Mas, se há mesmo uma renovação qualquer, simbolizada nessa passagem, desejo que ela seja no sentido de entender cada vez melhor o que estamos e o que somos.

Daí li ontem essa frase genial de Sri Nisargadata: "Livre-se de todas as ideias sobre si mesmo, mesmo da ideia de que você é Deus. Nenhuma auto-definição é válida."

FELIZ ANO NOVO ! ! !
Imagem compartilhada na fanpage Brahma Kumaris - Brasil (Oficial)

domingo, 7 de julho de 2013

PENSANDO AINDA SOBRE IDENTIDADE, E SOBRE O ESPETÁCULO "A DAMA DO MAR"

Hoje é o último dia da temporada do espetáculo "A Dama do Mar" (dirigido por Bob Wilson, texto de Susan Sontag baseado na peça de Henrik Ibsen) no SESC Pinheiros.
Assisti no fim de semana passado e gostei muito.

O que mais me toca na peça - porque é um assunto que realmente me fascina -, é a questão da identidade e dos papéis que assumimos no mundo, se eles nos são adequados ou não, e a importância de viver o papel que realmente nos cabe.

A "dama do mar" é uma personagem que não se identifica com o casamento que acabou assumindo apesar de ter sempre, em sua vida, se identificado com outras histórias que têm o mar (inconsciente, liberdade?) como centro. Ela, como "criatura do mar", não pode, por mais que se iluda, simplesmente transformar-se na esposa do médico da província.

(o único crédito que encontrei para a foto foi "Divulgação"...)
Claro que há aí também uma alusão a uma certa retirada sistemática da identidade da mulher pela falta de opções imposta a ela por tanto tempo. Esta é uma coisa que fica clara na repetição da situação do casamento da "dama do mar" no casamento que fará sua enteada, a filha do médico: para poder ter acesso a uma vida qualquer fora dos domínios de seu pai, ela aceita casar-se com o seu antigo professor, sujeitando-se também a um papel que certamente não é o seu.

Foto de Luciano Romano
Bem, não conheço o texto de Ibsen, mas gosto muito de Sontag. 
E, se as sereias ou outros seres existem ou não, é uma questão sem tanta importância aqui. Importa que nós existimos, e é melhor não trair o que somos.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O QUE NOS IDENTIFICA?

"I AM WHO?" - Homem escrevendo no muro em Varanasi, junto ao Rio Ganges. 
Um título, um crachá, um nome, uma profissão, são coisas que podem ser muito úteis. 
Mas ontem me lembrei de uma música do Gilberto Gil, "O Rock do Segurança", que conheço há muito tempo, e me emocionei. Me emocionei grandão.
Vou falar mais sobre isso, mas cito um trecho da música, em que um segurança pede ao sujeito o seu crachá:

"Um dia rico, um dia pobre, um dia no poder
Um dia chanceler, um dia sem comer
Coincidiu de hoje ser meu dia de mendigo
Meu amigo, se eu quisesse, eu entraria 
sem você me ver, sem você me ver, sem você me ver"

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A QUESTÃO DA IDENTIDADE EM DOIS FILMES RECENTES


Assisti recentemente a dois filmes que me impressionaram bastante. 

No primeiro deles, O Dia em que Eu Não Nasci, uma nadadora alemã fica na Argentina, por um contratempo, em seu caminho para o Uruguai. Lá, se emociona até as lágrimas ao ouvir uma canção que uma mãe canta para seu filho pequeno. A partir daí, questionando seu pai e seguindo pistas, descobre que é filha de um casal de argentinos desaparecidos na ditadura militar.

No segundo, Incêndios, um casal de gêmeos descobre, após a morte da mãe, que o pai está vivo e que eles têm um irmão. A mãe condiciona seu enterro à busca por eles. O casal vive no Canadá. A moça parte para o Oriente Médio para descobrir a história da mãe e a própria. O rapaz reluta bastante, mas também acaba indo em busca de sua história. 

Ambos são filmes de muita dor, em que guerras, violência e intolerância estão presentes. E haveria muito a dizer sobre ambos. Mas o que me chamou especialmente a atenção foi a questão da identidade, que os dois filmes abordam.

Eles fazem pensar em quem somos, independentemente das construções que fazemos ou pelas quais passamos. Eles me fazem lembrar que, mesmo que eu perdesse todos os meus documentos, esquecesse meu nome e ficasse perdida, longe das pessoas que me conhecem, meu próprio corpo traz gravado quem sou, e seria possível me identificar. E, se pensarmos na cultura de onde vem o Yoga, poderíamos dizer que não apenas meu corpo físico, mas todos os meus corpos (energético, mental, etc) trazem gravado quem sou. Ou, melhor ainda, quem estou, porque quem sou já é outra história.

Nos dois filmes as personagens vão descobrir do que e de onde realmente vieram. Isso me interessa, porque penso que descobrir quem somos/estamos e fazer o melhor uso disso tem tudo a ver com Yoga.


Imagem do filme O Dia em que Eu Não Nasci









Imagens do filme Incêndios