"Ioga significa atar, juntar, prender, unir, ligar - elevar a inteligência do corpo ao nível da mente e então atar as duas para uni-las à Alma. O corpo é o planeta Terra com toda a sua diversidade. A Alma é o espírito, o céu acima de nós. A ioga é o instrumento que liga os dois, a multiplicidade à unidade." (Iyengar)
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quarta-feira, 10 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
ÁSANA: O ARCO, A FLECHA E A ALMA

Publiquei recentemente uma frase de Iyengar:
"Costumo dizer que o corpo é o arco, o Ásana é a flecha, e a Alma, o alvo."
Gosto muito desta frase porque ela mostra claramente a que serve o trabalho com o corpo no Yoga. O Yoga vem de uma cultura milenar, com um conhecimento muito apurado do ser humano. Dentro desta tradição, o corpo físico é o primeiro e mais externo. O Yoga é uma jornada de descoberta e transformação, um caminho para o interior, aprofundando do corpo físico para dentro.
Iyengar é um professor que aprofundou o entendimento e a realização de Ásanas à perfeição e que os demonstra magistralmente. Devemos nos esforçar muito no trabalho do Ásana, mas sem perder de vista a que ele se destina.
É muito freqüente ouvir de pessoas que experimentam a prática de Yoga que se sentiram repletas de energia no dia seguinte. E as pessoas que persistem na prática gradativamente evoluem, indo além de seus limites. Persistir não significa se arrebentar porque acha que tem que chegar a uma pose. Significa usar a inteligência para saber em que focar, como trabalhar, e aí o corpo vai responder, de maneira crescente.
O corpo começa, com a prática, a entrar no Ásana, e a pessoa começa a entrar no melhor que o Yoga pode oferecer: a limpeza do corpo energético, o trabalho com os corpos mental e emocional, só para começar. E, quando insistimos, começamos a perceber que estamos mudando em nossa vida, porque aquilo que fazemos dentro da prática é como um laboratório.
Se perdermos de vista o coração, o ouro do Yoga, até mudaremos o corpo. Esta mudança acontece a um custo maior ou menor para ele, dependendo da predisposição física individual e conhecimento para lidar com ela. (Não é raro ver pessoas que criam problemas, alguns sérios, neste processo.) Mas, se não estivermos trabalhando junto a energia, a mente e a rendição do ego que o Ásana pede continuaremos, lá dentro, com as mesmas dores que cada um conhece bem.
Para encerrar, mais um trecho de "Luz na Vida":
"Quando, ao olhar os outros na aula, sentir orgulho ou insegurança (seu complemento), reconheça-o pelo que é e o despache."
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
TRABALHO E "LUZ NA VIDA"

Olha só a minha sala de prática! Uma telha quebrada, uma calha entupida, as chuvas de janeiro em São Paulo e pronto! Muito trabalho: descascar paredes, massa corrida, lixar... Aaaai!
Mas... logo serão cores novas!
E, como diz um amigo querido, fazer essas coisas na casa é cuidar da vida. Na sala de prática então... muito!
Também comecei o ano lendo "Luz na Vida", do Iyengar.
E logo no primeiro capítulo ele fala da nossa realidade dupla:
"... nós seres humanos vivemos entre duas realidades: o céu e a terra. A terra representa tudo que é prático, material, tangível e corpóreo."
Podemos nos lembrar aqui do apreço que esse mestre tem pelo trabalho com o Ásana no Yoga, pelo trabalho com o corpo. Dá pra lembrar também que ele fez a opção de seguir sua vida normal, sendo um pai de família, lidando com todos os problemas que surgem disso.
Enfim, é bom estar lendo isso enquanto lido com a pequena reforma da minha sala. Estou trabalhando muito (o que felizmente tem sido uma constante) e curtindo também.
E, como brincam alguns com o primeiro Sutra do clássico de Patañjali: se você acha que o yoga começa e termina em cima do seu mat... "Aqui começa o Yoga"!
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