quarta-feira, 11 de abril de 2012

A QUESTÃO DA IDENTIDADE EM DOIS FILMES RECENTES


Assisti recentemente a dois filmes que me impressionaram bastante. 

No primeiro deles, O Dia em que Eu Não Nasci, uma nadadora alemã fica na Argentina, por um contratempo, em seu caminho para o Uruguai. Lá, se emociona até as lágrimas ao ouvir uma canção que uma mãe canta para seu filho pequeno. A partir daí, questionando seu pai e seguindo pistas, descobre que é filha de um casal de argentinos desaparecidos na ditadura militar.

No segundo, Incêndios, um casal de gêmeos descobre, após a morte da mãe, que o pai está vivo e que eles têm um irmão. A mãe condiciona seu enterro à busca por eles. O casal vive no Canadá. A moça parte para o Oriente Médio para descobrir a história da mãe e a própria. O rapaz reluta bastante, mas também acaba indo em busca de sua história. 

Ambos são filmes de muita dor, em que guerras, violência e intolerância estão presentes. E haveria muito a dizer sobre ambos. Mas o que me chamou especialmente a atenção foi a questão da identidade, que os dois filmes abordam.

Eles fazem pensar em quem somos, independentemente das construções que fazemos ou pelas quais passamos. Eles me fazem lembrar que, mesmo que eu perdesse todos os meus documentos, esquecesse meu nome e ficasse perdida, longe das pessoas que me conhecem, meu próprio corpo traz gravado quem sou, e seria possível me identificar. E, se pensarmos na cultura de onde vem o Yoga, poderíamos dizer que não apenas meu corpo físico, mas todos os meus corpos (energético, mental, etc) trazem gravado quem sou. Ou, melhor ainda, quem estou, porque quem sou já é outra história.

Nos dois filmes as personagens vão descobrir do que e de onde realmente vieram. Isso me interessa, porque penso que descobrir quem somos/estamos e fazer o melhor uso disso tem tudo a ver com Yoga.


Imagem do filme O Dia em que Eu Não Nasci









Imagens do filme Incêndios

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