domingo, 8 de novembro de 2015

AINDA SOBRE CURA

Imagem da página pensador.uol.com.br


Compartilhei essa ideia, tão importante, há um ano. E, como uma amiga compartilhou como "recordação" hoje, quis escrever algo sobre. 
Também porque entendo que esta é a pedra de toque da prática do Yoga: podermos nos tornar quem realmente somos. 
Mas, como assim?





Brinco às vezes, com meus alunos, que o Yoga não tem a ver com "condicionamento físico", mas com descondicionamento. E digo isso porque importa muito, desde a prática mais básica de Ásana, a união da mente ao corpo para o desenvolvimento da consciência. O autoestudo, a descoberta de quem estamos, e de quem somos.
O que tenho que fazer em minha prática é... eu mesma! Vou lidar com meus problemas, minhas sombras, desde o meu corpo, que é o mais grosseiro, até a minha mente. E desde as camadas mais densas da mente até a consciência, mais sutil. (Lembrando o Iyengar, pela milésima vez: "O corpo alinha a mente, a mente alinha a consciência.") 
E, em "A Árvore do Yoga": "(...) meu corpo é meu arco, minha inteligência é minha flecha, e meu alvo é minha alma."

Iyengar em Dhanurásana (Ásana do Arco)

Minha alma...

 
Em "Uma Visão Ayurvédica da Mente - A Cura da Consciência" (Ed. Pensamento, 2014), o Dr. David Frawley define a alma como "nossa individualidade divina": 

"Trata-se de nossa parcela individual do Eu Divino por meio de que temos a ideia de 'eu sou'. A alma individual é a ideia superior de si mesmo por trás de nossa existência individual, nossa verdadeira individualidade."
"Chegar ao nível da alma é a chave para todas as formas de cura. (...) Não é tanto que precisemos curar nossa alma; é sobretudo o termos de nos tornar conscientes de nossa alma. (...) A percepção da alma libera todos os poderes de cura inerentes a nós."

Acho importante que não há no Yoga atalhos, fórmulas mágicas. Não é proposta uma alma maravilhosa e isolada. Até porque... estamos num corpo, não estamos? E numa mente também. Então... temos que lidar com isso. 
Se quisermos achar que o corpo e a mente mais externa (com os órgãos sensores e motores), não têm nada a ver conosco, eles vão nos passar rasteiras. Temos que trabalhar para ter uma consciência cada vez maior deles e usá-los da melhor forma.

Sri Shibendu Lahiri, na pág Kriya Yoga Lahiri Spain



Termino com, uma mensagem de Sri Shibendu Lahiri na página Kriya Yoga Lahiri Spain, que o meu professor Osnir Cugenotta compartilhou com o comentário "Svadhyaya!" (que pode ser traduzido como autoestudo):

"No tengo Mensaje. Mi Mensaje eres tú. Obsérvate. Sé una luz para ti mismo."

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